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segunda-feira, 17 de março de 2014

O jeito Francisco de ser


         Os gestos do Papa Francisco ganharam repercussão nas principais redes de comunicação do mundo. Ações simples, comuns, algumas quebras de protocolo, a proximidade do povo e o sorriso fácil do Pontífice garantiram sua popularidade neste primeiro ano de pontificado. Confira a lista elaborada pela Aleteia de cinco atitudes que marcaram o início da missão de Francisco como Pontífice da Igreja.
Telefonemas
        Do jornaleiro de Buenos Aires a uma jovem que pensava em abortar o filho: foram muitas as histórias dos telefonemas do Papa Francisco durante este ano. Em uma delas, não atendida, o Papa deixou o recado na secretária eletrônica de um convento carmelita. “Aqui é o Papa Francisco. Eu queria oferecer minhas saudações pelo fim do ano. Talvez eu tente ligar novamente depois. Que Deus abençoe vocês". Em outra convidou um sacerdote para confessá-lo no Vaticano. E ainda ficou cerca de dez minutos conversando com um jovem italiano. Muitas das das ligações inesperadas eram respostas diretas a cartas recebidas.
         Em entrevista dada ao jornal italiano Corriere della Sera, o Papa Francisco disse que muitas vezes as pessoas não acreditam que é ele quem está ao telefone. Revelou que, quando era padre em Buenos Aires, era mais simples ligar para as pessoas, e isso se tornou um hábito, um serviço, mas não é tão fácil hoje continuar telefonando para as pessoas que enviam cartas a ele como naquele tempo.
  Quebras de protocolo
        Maleta pessoal logo que foi eleito, o Papa Francisco mostrou sua simplicidade. Decidiu morar na hospedaria Santa Marta, no Vaticano, em vez de ficar na casa pontifícia preparada para recebê-lo.
         Também não quis usar o anel de Pescador feito em ouro; em vez disso, ele usa um de prata, mais discreto. Seus sapatos pretos já um pouco envelhecidos, a roupa preta por baixo da batina branca, o carro sempre com a janela aberta: todos esses detalhes mostram a coerência do jeito Francisco de ser.
           “O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. Uma pessoa normal”, comentou o Pontífice.
 Bom Humor
           O sorriso nos lábios é uma das características marcantes de Francisco. Com seu bom humor, o Papa soube se sair muito bem em situações geralmente tensas. Em uma entrevista durante a última JMJ no Rio de Janeiro, disse: “Estamos bem resolvidos: o Papa é argentino e Deus é brasileiro”. E aos moradores de Varginha, falou sobre a partilha, afirmando que sempre é possível “colocar mais água no feijão”.
           Em outra ocasião, durante um almoço com os cardeais logo após sua eleição no conclave, brindou com os purpurados dizendo: “Que Deus vos perdoe pelo que fizeram”. Também demonstrou o bom humor em seus discursos e homilias, independentemente do público a que se dirigia. 
 
Opção preferencial pelos pobres
Na sua primeira Semana Santa como pontífice, Francisco fez questão de lavar os pés de jovens detentos, incluindo algumas mulheres. A cerimônia – fechada e sem transmissão pelo Centro Televisivo Vaticano – contou com a participação de mais de 50 detentos.
“Isso é um símbolo e um gesto: lavar os pés quer dizer que estou a serviço", disse ele durante a Missa. Neste ano, o Papa também convidou 200 moradores de rua para um jantar nos Jardins do Vaticano e comemorou seu aniversário com outros três, um deles acompanhado do seu cachorro, em um almoço particular.
  Os beijos do Papa
       Uma das imagens mais marcantes deste primeiro ano de pontificado foi o beijo que o Papa deu em um homem que ficou com o rosto desfigurado depois de ser baleado na face. Outro momento inesquecível foi seu abraço e beijo em um homem deformado pela neurofibromatose. Sem se preocupar com a doença ou o grau da enfermidade, Francisco acolheu, acariciou e confortou o enfermo. A imagem impactou o mundo e foi comparada por alguns ao beijo de São Francisco a um leproso.
         Estes gestos de proximidade e acolhida demonstrados pelo Papa tocam o coração dos milhares de peregrinos que se reúnem a cada semana ao redor dele, na esperança de também tocá-lo, abraçá-lo ou receber um beijo seu. As crianças estão na lista dos privilegiados.
            Durante suas audiências públicas das quartas-feiras, o Pontífice faz questão de acariciar e beijar todas as pessoas das quais se aproxima. “Para mim, é Deus que nos toca. Se um sacerdote normal já nos emociona, imagine o Papa!”, contou à Aleteia, contendo as lágrimas, Gabriela Perez, tia de Marcos, o menino de apenas um ano que foi beijado por Francisco em uma das audiências gerais.
 

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